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domingo, 22 de julho de 2012

TRICHOPHYTON ERINACEI

O trichophyton erinacei é um fungo filamentoso, hialino e septado. É um fungo dermatófito, zoofílico (ouriço-caixeiro), responsável por infecções da pele em áreas expostas.
As colónias são de crescimento rápido com textura granular (granulos brancos muito pequenos). O reverso da colónia adquire uma cor amarelo-canário. É muito comum haver colónias satélites (secundárias) à colónia mãe.
Ao exame microscópico revela grande quantidade de microconideos finos e em clava que parecem nascer directamente das hifas, os macroconideos são raros e mais curtos que os dos mentagrophytes.

Colónia com 6 dias de incubação em gelose de Sabouraud.
Presença de colónias satélites.

Colónia com 6 dias de incubação em gelose de Sabouraud.

Reverso de colónia com 6 dias de incubação em gelose de Sabouraud.

Colónia com 10 dias de incubação em gelose de Sabouraud.

Colónia com 10 dias de incubação em gelose de Sabouraud.

Colónia com 10 dias de incubação em gelose de Sabouraud.

Reverso de colónia com 10 dias de incubação em gelose de Sabouraud.

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OUTRA ESTIRPE
Colónia com 7 dias

Colónia com 7 dias

Reverso da colónia com 7 dias

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sexta-feira, 13 de julho de 2012

TRICHOPHYTON TONSURANS

O Trichophyton tonsurans é um fungo dermatófito, antropofílico, responsável por lesões inflamatórias (tinhas) e lesões crónicas não inflamatórias da pele, unhas e couro cabeludo. O T. tonsurans é muito contagioso sendo a evicção escolar uma solução a ponderar. Recentemente estão descritos casos de tinhas corporis gladiatorum (pulsos e cotovelos) que surgem em equipas de lutadores (imitam queimaduras em tapete ou escoriações de pele) Nas crianças manifesta-se sobretudo por tinha capitis e nos adultos por tinha corporis.
O T. tonsurans tem uma distribuição mundial mas apresenta um carácter endémico mais acentuado na América latina e na África.

As colónias são planas com elevação central, por vezes são pregueadas radialmente. O seu crescimento em cultura é relativamente lento. A textura da colónia varia de granular a algodonosa (camurça) e a cor varia de branco a amarelo claro. O reverso da colónia é amarelo-brilhante (limão) mas pode ser vermelho-acastanhado.

Ao  exame microscópico o T. tonsurans apresenta hifas hialinas septadas, numerosos microconideos de variadas formas mas sobretudo piriformes ou em forma de lágrima que fazem com a hifa um  angulo recto - a imagem faz lembrar uma centopeia. As hifas e os microconideos coram mal pelo azul de lactofenol. O T. tonsurans apresenta raramente macroconideos que são em forma de cigarro ou clava com paredes lisas e muitas vezes há formas distorcidas. Clamidosporos intercalares e terminais podem ser observados com frequência. Estão descritos microconideos, grandes, em forma de balão e hifas vazias, situações que nunca ocorrem nem no T. rubrum nem no T. interdigitale que são duas espécies para as quais se coloca a hipótese de diagnóstico diferencial 
Em colónias velhas podem ser observados microconideos gigantes e clamidosporos de grandes dimensões.
Recentemente, foi demonstrado, por microscopia electrónica, que estes clamidósporos são na realidade hifas ingorgitadas pela presença de vacúolos e não verdadeiros clamidósporos. 
A presença destas estruturas em culturas com 5 dias de incubação atribuem um grau de  92% de sensibilidade e de 93.3% de especificidade na identificação de T. tonsurans (num estudo que incluía estirpes de T. rubrum , T. mentagrophytes e T. verrucosum). Os valores passam a 100% e 60% respectivamente quando as colónias têm 8 dias de incubação. 
Nestas condições é licito concluir que a pesquisa de estruturas "clamidósporo-like" é um método barato e eficiente de identificar T. tonsurans.

Colónia com 10 dias de incubação, a 25 graus Celsius, em gelose Sabouraud.





O reverso da colónia é amarelo-brilhante (limão).





Macroconideos.

Macroconideos e clamidosporos.



Hifas sugerindo a forma de uma centopeia



Clamidosporo terminal.

Clamidosporos intercalares e terminais podem ser observados com frequência em culturas mais velhas.
Clamidosporos.

Microconideos gigantes.





quarta-feira, 4 de julho de 2012

SPOROTHRIX SCHENCKII

O Sporothrix schenkii é um fungo filamentoso septado e dematiaceo responsável por lesões crónicas características em gânglios linfáticos. É também descrito como fungo dimórfico.

O Sporotrix schenckii tem uma distribuição mundial embora o seu habitat natural é sobretudo nas regiões tropicais e temperadas.
A maioria dos casos de esporotricose ocorre na América do Norte, América do Sul e Japão. É a micose sub-cutânea de maior prevalência em muias áreas da América latina

A infecção é na grande maioria das vezes adquirida através de um trauma trans-cutâneo.
O organismo causa infecção crónica: cutânea, subcutânea e linfocutânea.
A infecção apresenta elevada morbilidade mas uma baixa mortalidade.

A localização das lesões ocorre a nível da pele nos membros e face mas também estão descritas casos de artrite, endoftalmite ou combinações de lesões ocular e cutâneas. As lesões nodulares podem supurar e ulcerar.


Sendo um fungo que se encontra associado a plantas mortas pode ocorrer após lesão da pele por espinhos de arbustos ou roseiras ("lesão do jardineiro"). Nesta situação o doente apresenta lesões ganglionares dos membros coincidentes com o trajecto da drenagem linfática. Há também casos transmitidos através pelas lesões provocadas pelas unhas dos gatos.

A colónia tem um crescimento relativamente lento e sua cor vai escurecendo. As hifas são septadas e finas. Os conidióforos originam-se das hifas formando um ângulo recto. Os conidióforos dão origem aos conideos que se dispõem espacialmente sugerindo a imagem de uma flor.

Sementeira por inundação de amostra descongelada.
6º dia de incubação em gelose Sabouraud. À esquerda a 25 graus, à direita a 30 graus Celsius.




Reverso da colónia.

Agora com 8 dias de incubação. À direita 25 graus Celsius.



Sementeira por repicagem da cultura anterior.
6º dia de incubação em gelose Sabouraud a 25 graus Celsius.




Reverso da colónia.
Colónia com 13 dias de incubação.


Reverso da colónia com 13 dias de incubação.


O arranjo dos conideos no conidióforo sugere a imagem de uma flor.


As hifas são septadas e finas, os conidióros originam-se das hifas formando com estas um ângulo recto