ATLAS MICOLOGIA: 2013

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ASPERGILLUS OCHRACEUS

Esta estirpe de Aspergillus ochraceus foi isolada nas secreções respiratórias de um doente com silicose. Este doente, que é estudado no nosso laboratório há mais de 10 anos, tem apresentado em todas as amostras Aspergillus fumigatus tendo aparecido na última amostra uma colónia de A. ochraceus. Este achado não foi reportado ao clínico assistente por ter sido considerado como espécie contaminante, poderá eventualmente ser reportado se for isolado em posteriores amostras.
São raríssimos os casos em que o A. ochraceus é o agente responsável por um processo infeccioso.

As colónias são de crescimento lento, a cor é amarelo-ocre.
Ao exame microscópico apresenta cabeças conidiógenas esféricas, bi-seriadas sendo as vesiculas cobertas em toda a circunferência pelas métulas. A haste do conidióforo é acastanhada e rugosa.

_____________________________________________________________________________

OUTRA ESTIRPE

6º dia de incubação

Reverso da colónia

Colónia com 19 dias de incubação.

Colónias satélite.

Reverso da colónia.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ASPERGILLUS TERREUS - 2 NOVAS ESTIRPES

São publicadas aqui duas novas estirpes de Aspergillus terreus dando particular ênfase a aspectos mais tardios da morfologia da colónia, altura em que a colónia revela a sua cor típica. A 1ª estirpe é adquirida e a segunda foi isolada nas secreções respiratórias de uma amostra enviada ao nosso laboratório.

O Aspergillus terreus tem sido descrito como responsável por um número não desprezível de infecções em diversos locais do organismo: pneumopatia invasiva ou alérgica, infecções disseminadas e queratites.

Uma das suas principais características é a frequente resistência à acção da anfotericina B.

Estirpe adquirida:

Colónia com 14 dias de incubação em meio de Sabouraud com cloranfenicol e gentamicina

Ao fim de alguns dias de incubação a colónia adquire a cor característica da espécie: amarelo-acastanhado ou cor de canela

Reverso da colónia.

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Estirpe da nossa colecção:

Colónia da esq. com 4 dias de incubação; colónia da direita com 2 dias de incubação.

Colónia da esq. com 6 dias de incubação; colónia da direita com 8 dias de incubação.

Reverso da colónia.

No conidióforo os conídeos apresentam uma disposição colunar.

TRICHOPHYTON RUBRUM - 2 NOVAS ESTIRPES

Apresentam-se duas novas estirpes de Trichophyton rubrum, uma adquirida e outra isolada por nós em doente não exposto a terapêutica prévia. A primeira vinha referenciada como tendo sido isolada em raspado de unha do pé de doente do sudoeste asiático e a segunda foi isolada em raspado de unha do pé em doente que sempre viveu em Portugal.

O Trichophyton rubrum é um dos dermatófitos mais frequentemente isolado nas tinhas do corpo humano, talvez mesmo o mais frequente a nível mundial. É responsável, sobretudo, por infecções das unhas e pele e muito raramente por tinhas do couro cabeludo.
A nível macroscópico as culturas são divididas em dois grupos: granular (sudoeste asiático) e algodonosa (disseminação mundial), contudo existem muitas colónias com características intermédias, o T. rubrum apresenta um grande pleomorfismo macroscópico.

________________________________________________________________________________
1ª ESTIRPE

Referenciada com variedade granular de importação.

9º DIA DE INCUBAÇÃO A 25 GRAUS

9º DIA DE INCUBAÇÃO A 25 GRAUS - REVERSO DA COLÓNIA

9º DIA DE INCUBAÇÃO A 25 GRAUS

13º DIA DE INCUBAÇÃO A 25 GRAUS

13º DIA DE INCUBAÇÃO A 25 GRAUS - REVERSO DA COLÓNIA

19º DIA DE INCUBAÇÃO A 25 GRAUS

19º DIA DE INCUBAÇÃO A 25 GRAUS - REVERSO DA COLÓNIA

Macroconideos em forma de charuto.

Macroconideo em forma de charuto.

Microconídeos sésseis em clava

Macroconídeos disgónicos, a estirpe vai perdendo capacidade de produzir macroconídeos em sub-culturas. Os macroconídeos do T. rubrum apresentam tendência a desagregarem.

Microconídeos em preparação com fita-cola (durex).

Esta imagem é a mesma estirpes das imagens anteriores só que obtida numa sub-cultura diferente, o T. rubrum oferece um pleomorfismo frequente pelo que é fácil observar nuances diferentes de cultura para cultura

Uma terceira sub-cultura da mesma estirpe.

Uma terceira sub-cultura da mesma estirpe - reverso

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

T. RUBRUM ISOLADO EM PORTUGAL