A Biomérieux não recomenda o
SGC2 agar para a deteção de dermatófitos, afirma apenas que podem ser utilizados
todos os tipos de espécimes, exceto pele e faneros (cabelo, unhas).
O meio da Biomérieux ágar DERM
é produzido de acordo com a fórmula de Taplin e é recomendado apenas para a
pesquisa de dermatófitos em pele, cabelos e unhas. Este meio além de gentamicina
incorpora também cicloheximida bem com peptonas, indicador vermelho de fenol,
dextrose e agar.
De acordo com Taplin et al., 2/3 dos dermatófitos mudam a cor do meio, uma vez havendo crescimento, em aproximadamente três dias, mas as colónias podem aparecer mais tarde. Não deitar fora as culturas a 25ºC antes de três semanas. Certas espécies de Candida ou Aspergillus, e certas bactérias, podem crescer no meio e causar uma mudança de cor de amarelo para vermelho. Os dermatófitos produzem metabolitos alcalinos que aumentam o pH do meio e alteram o indicador vermelho de fenol de amarelo para vermelho. A cicloheximida e a gentamicina inibem o crescimento de algumas bactérias, leveduras saprófitas e bolores.
Quando um dermatófito cresce num
meio de cultura que contém glucose, não fermenta a glucose, mas utiliza em vez
disso os peptídeos e outros ingredientes nitrogenados como fontes de energia,
com a consequente produção de subprodutos alcalinos.
Os sub-produtos provocam aumento do pH que é evidenciado por uma
alteração da cor do indicador, a cor amarela original passa para vermelho. Assim, para que um fungo não patogénico desse uma cor “falso-positiva” (vermelha) teria
de ser resistente à cicloheximida e não fermentar glucose; e para uma bactéria
dar uma cor “falso-positiva” teria de ser resistente à gentamicina e também não fermentar glucose. O cumprimento de ambas as condições é
improvável.