As colónias são planas
com elevação central, por vezes são pregueadas radialmente. O seu
crescimento em cultura é relativamente lento. A textura da colónia varia de granular
a algodonosa (camurça) e a cor varia de branco a amarelo claro. O reverso da
colónia é amarelo-brilhante (limão) mas pode ser vermelho-acastanhado.
Ao exame microscópico o T.
tonsurans apresenta hifas hialinas septadas, numerosos microconideos de
variadas formas mas sobretudo piriformes ou em forma de lágrima que fazem com a
hifa um angulo recto - a imagem faz lembrar uma centopeia. As hifas e os
microconideos coram mal pelo azul de lactofenol. O T. tonsurans
apresenta raramente macroconideos que são em forma de cigarro ou clava com
paredes lisas e muitas vezes há formas distorcidas. Clamidosporos intercalares
e terminais podem ser observados com frequência. Estão descritos microconideos, grandes, em forma de balão e hifas vazias, situações que nunca ocorrem nem no T. rubrum nem no T. interdigitale que são duas espécies para as quais se coloca a hipótese de diagnóstico diferencial
Em colónias velhas podem ser observados microconideos gigantes e clamidosporos de grandes dimensões.
Recentemente, foi demonstrado, por microscopia electrónica, que estes clamidósporos são na realidade hifas ingorgitadas pela presença de vacúolos e não verdadeiros clamidósporos.
A presença destas estruturas em culturas com 5 dias de incubação atribuem um grau de 92% de sensibilidade e de 93.3% de especificidade na identificação de T. tonsurans (num estudo que incluía estirpes de T. rubrum , T. mentagrophytes e T. verrucosum). Os valores passam a 100% e 60% respectivamente quando as colónias têm 8 dias de incubação.
Nestas condições é licito concluir que a pesquisa de estruturas "clamidósporo-like" é um método barato e eficiente de identificar T. tonsurans.
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