blog sobre micologia médica

Patologia Clínica CHUC Coimbra Portugal

Fusarium dimerum keratitis

Artigo publicado: Fusarium dimerum - um caso de queratite.
Artigo publicado: Rinosinusite induzida por Schizophyllum radiatum

Artigo publicado: Chronic invasive rhinosinusitis by Conidiobolus coronatus, an emerging microorganism

Artigo publicado: Antifungals: From Pharmacokinetics to Clinical Practice

sexta-feira, 29 de julho de 2022

SCEDOSPORIUM APIOSPERMUM

 

Os fungos pertencentes ao complexo Scedosporium são considerados como oportunistas emergentes, afetando doentes com imunossupressão e debilitados. 

As manifestações clínicas variam de infeção local a colonização pulmonar e doença invasiva grave, em que as taxas de mortalidade podem ser superiores a 80%.

Esta estirpe de Scedosporium apiospermum foi isolada em secreções da árvore respiratória de um doente, 27 anos, com fibrose quística (A561E/A561E). O doente apresentava apenas uma discreta tosse de predomínio noturno. Nas últimas amostras de secreções da árvore respiratória apresentava Aspergillus fumigatus.

A sobrevivência para além da adolescência permitiu isolar em pacientes com fibrose quística fungos considerados não só como colonizadores tardios, mas também como potenciais agentes patogénicos responsáveis por reações alérgicas e infeções crónicas relacionadas com a deterioração da função pulmonar. 

Os fungos filamentosos começam a ser isolados na árvore respiratória destes doentes a partir dos 12 anos de idade. O Aspergillus fumigatus é o fungo mais frequente seguido por outros Aspergillus (flavus, terreus) e por fungos do complexo Scedosporium apiospermum. Exophiala dermatitidis e Rasamsonia argillacea são outras espécies de fungos também isoladas.

As espécies de Scedosporium são resistentes à 5-flucitosina e à anfotericina B, bem como aos fármacos triazol de primeira geração, fluconazol e itraconazol. Além disso, têm uma suscetibilidade reduzida às equinocandinas, particularmente à caspofungina e à anidulafungina, e exibem resistência à mais recente droga triazol, o isavuconazol, sendo o S. aurantiacum o menos susceptível às drogas antifúngicas.  

Para o tratamento das infecções por Scedosporium, as diretrizes europeias recomendam o voriconazol como tratamento de primeira linha.



Cultura com 12 dias de incubação.

Cultura com 12 dias de incubação.

Cultura com 12 dias de incubação.

Reverso da colónia.

Cultura com 42 dias de incubação.

Cultura com 42 dias de incubação.

Reverso da colónia.












Sem comentários:

Enviar um comentário