Magnusiomyces capitatus é o nome porque é designado o fungo filamentoso anteriormente conhecido por Geotrichum capitatum ou Trichosporon capitatum ou Blastoschisomyces capitatus ou Saprochaeta capitata.
Antigamente era considerado levedura (fungo unicelular) não-fermentadora e não-capsulada, actualmente engloba-se nos fungos filamentosos septados hialinos. É um saprófita do solo, madeiras e restos de materiais orgânicos, faz parte, também, da microbiota normal da pele humana.
O M. capitatus é muitas vezes isolada em secreções respiratórias superiores e em material do tracto gastro-intestinal de pessoas saudáveis.
A sua patogenicidade inclui raros casos de fungémia fatal (organismo patogénico emergente) em neutropénicos, sobretudo do Sul da Europa. A taxa de mortalidade é de 57%. É frequente o envolvimento de múltiplos órgãos. É, ainda, associada a endocardite de protese valvular, pneumonia e meningite.
A maioria das infecções é detectada por hemocultura. Estudos preliminares revelam a possibilidade de provocar a positividade nos testes de pesquisa de galactomannan e beta-glucan.
O M. capitatus é intrinsecamente resistente às equinocandinas. É sensível ao itraconazol, ao voriconazol, ao posaconazol e à flucitosina. É normalmente resistente ao fluconazol e os mic da amfotericina são de 0.5 a 2.0.
Recentemente foi proposto um esquema terapêutico com anfotericina B lipossomica com ou sem flucitosina.
A remoção precoce dos cateteres é um factor decisivo no sucesso terapêutico.
As colónias são brancas e a microscopia revela artroconideos, blastoconideos e pseudo-hifas.
Gram de secreções respiratórias de um grande queimado. |
Primo-cultura em gelose sangue de secreções da árvore respiratória, 72 horas de incubação. Flora típica da oro-faringe com grande nº de colónia de S. capitata (as colónias maiores) |
Colónias com 3 dias de incubação em gelose Sabouraud. |
Exame microscópico da colónia. |
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aspectos microscópicos de outra estirpe
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