O Exserohilum é um fungo filamentoso septado demateacio. É um fungo saprófita do solo e plantas que prospera em climas quentes e húmidos.
Os fungos do género Exserohilum podem ser responsáveis, muito raramente, por phaeohiphomicosis (phaeo vem do grego e significa escuro): queratites, endocardites, infecções subcutâneas, ostiomielites e sinusites tanto em imunocomprometidos como em imunocompetentes.
Recentemente (2012), nos Estados Unidos, houve um surto de meningites fúngicas causadas pela administração epidural de metilprednisolona contaminada. A produção de um lote de metilprednisolona não evitou a contaminação pelo fungo Exserohilum rostratum. Foi feita uma reavaliação de cerca de 14000 pacientes a quem foi administrado o fármaco (12% por injecção intra-articular) tendo sido diagnosticadas 749 meningites das quais 63 terminaram com a morte do paciente. Antes deste surto tinham sidos descritos apenas 48 casos de infecções pelo Exserohilum, a mortalidade era de 23% e o tratamento preferencial foi amfotericina e cirurgia associados ou isoladamente. Durante o surto tanto o exame directo do LCR como a cultura demonstraram muito baixa sensibilidade.
As colónias são cinzento escuro a preto e apresentam uma textura entre camurça e felpo, o reverso da colónia é preto. Há crescimento até aos 40 graus mas não cresce a 42. O E. rostratum cresce rapidamente (3 dias) contudo serão necessárias 2 a 3 semanas para que a microscopia evidencie todas as características morfológicas.
Ao exame microscópico é possível observar hifas septadas escuras, conidióforos alongados e curvos; os macroconideos apresentam parede espessa e 4 a 12 septos bem como uma banda escura tanto na extremidade distal como na extremidade basal, o hilo é bem visível e truncado. Sucessivas repicagens podem levar à perda da capacidade de desenvolver conideos.
Exame microscópico nas primeiras semanas de cultura: apenas hifas incaracterísticas. |
Macroconideos alongados e curvos. |
Sem comentários:
Enviar um comentário